Primeiro Festival do Tacacá da Apae celebra integração, cultura e inclusão em Santarém

Apae realiza 1ª edição do Festival do Tacacá O primeiro Festival do Tacacá da Apae ocorreu nesta sexta (05) e movimentou Santarém, no Oeste do Pará, com ...

Primeiro Festival do Tacacá da Apae celebra integração, cultura e inclusão em Santarém
Primeiro Festival do Tacacá da Apae celebra integração, cultura e inclusão em Santarém (Foto: Reprodução)

Apae realiza 1ª edição do Festival do Tacacá O primeiro Festival do Tacacá da Apae ocorreu nesta sexta (05) e movimentou Santarém, no Oeste do Pará, com uma programação marcada por sabor, cultura e integração. A tarde festiva reuniu famílias, parceiros e amigos da instituição, que prestigiaram comidas típicas, apresentações artísticas e os trabalhos produzidos pelos alunos atendidos. A barraca do tacacá foi um dos destaques, atraindo grande público e reforçando o caráter solidário do evento. ✅ Clique aqui e siga o canal g1 Santarém e Região no WhatsApp A dona de casa Patrícia Alves participou com a família e destacou o clima de união. “A gente fica muito feliz de ver a comunidade se juntando aqui com a APAE, os produtos foram doados, graças a Deus. E assim, além da verba que vai entrar, não é só a verba, é muita, mas além da verba, a gente fica feliz pela comunhão, de estar aqui compartilhando, socializando.”, afirmou. Para muitas famílias, o festival foi também um momento de reconhecer a importância da atuação da Apae na vida dos alunos. Patrícia relatou como a instituição tem apoiado sua família ao longo dos anos. “Ela vem ajudando os meus filhos, né? O Sebastião, hoje ele tá com 15 anos, entrou com 7, evoluiu muita coisa. A Sofia agora também tá participando e eu também, né? Aqui dentro da Apae eu pude me encontrar e me conhecer melhor, entender as minhas questões pessoais, entender que o TEA também fazia parte da minha vida, não só através dos meus filhos, mas na minha vivência”, disse. A programação contou com apresentações da musicoterapia e uma performance de carimbó com jovens do quilombo Arapemã, que animaram o público. A presidente da Apae em Santarém, Jacirene Façanha, explicou como surgiu a ideia de envolver os alunos na produção das cuias usadas para servir o tacacá. “A necessidade da gente ter alguma... alguma coisa que a gente pudesse dizer, são feitas pelos nossos atendidos, entendeu? Então surgiu a ideia, por que não a gente não pegar alguma coisa aqui regional, a cuia, por que a gente não pinta, vamos colocar esses meninos para pintar as cuias, né? Então a gente começou, e até porque a gente tinha que levar para o festival em Belém, levar alguma coisa que a gente fazia, produzissem aqui, que os nossos atendidos produzissem. Então, começou por aí. Os nossos atendidos pintando a cuia. ”, destacou. Cuias produzidas pelos atendidos da Apae para o festival Reprodução/TV Tapajós As cuias exibidas e utilizadas no festival foram confeccionadas durante um curso ministrado pelo Sest Senat, com foco em arteterapia. A instrutora Angelsea Camargo detalhou os objetivos da iniciativa: “O Sest Senat, em parceria com Apae, promoveu esse curso que é um curso que está dentro da arteterapia e justamente para ajudar a melhorar as capacidades de coordenação motora fina, psicomotricidade e saúde mental dos atendidos aqui na Apae. É uma metodologia que a gente já tem desenvolvido, os alunos tiveram a oportunidade de participar do curso e hoje é o festival do tacacá para que as famílias possam confraternizar com a gente, ver, né, a beleza da arte que eles conseguiram expressar.” Uma parte desse trabalho foi reunida em um painel que apresentou teoria e prática sobre as atividades desenvolvidas. Segundo Jacirene Façanha, o festival também marca um momento simbólico. “Vai ser uma culminância de todos os projetos que a gente já fez e também lembrando que dia 3 de dezembro foi o dia internacional da pessoa com deficiência, salvo engano hoje também é acessibilidade, né? Tudo a gente juntou para que a gente pudesse realmente, neste dia, estar fazendo, congregando com todos os nossos atendidos, com os familiares, que também ajudaram. Algumas cuias foram doadas, entendeu? E para que a gente pudesse ter este momento aqui inclusivo, porque este é um momento de inclusão.” Ressaltou. O festival reforça a proposta de integrar famílias, celebrar conquistas e valorizar o trabalho desenvolvido pela instituição e por seus parceiros. A diretora de ensino da Apae Santarém, Eli Tapajós, destacou o significado da iniciativa. “Esse festival representa a culminância de todos os projetos educacionais realizados pela instituição, representa a parceria das famílias, representa o envolvimento de todos os nossos atendidos, as pessoas com deficiência e que estão celebrando hoje no dia da acessibilidade esse momento tão rico de dança, de partilha, de apresentações. Então, para nós, hoje é um dia celebrativo”, afirmou.